Historia do doidinho da praça


Na praça João da Esperança, morava um tiozinho muito do loco, ele ate tinha casa, mas era na praça que ele passava a maior parte do tempo. Esse doidinho (como era apelidado) só saia da praça para dar um role em seu Chevette 1986 turbo que andava de lado ( isso mesmo, ele comprou um carro batido e arrumou, mas mesmo arrumado ele continuou um pouco torto).

Certo dia o doidinho resolveu se matar, subiu na construção mais alta da cidade ( que era a torre da igreja, que devia ter uns 3 ou 4 andares), para ajudar no caso de uma emergência e de alguém querer intervir ele levou um revolver 38 básico. Ao chegar lá em cima o infeliz começou a gritar: “ eu vou pular, vou me auto suicidar-se”. Com dois minutos juntou uma pequena multidão, com uma hora todos da cidade estavam lá (sabe como é, cidade pequena não tem nada para fazer, quando surge algo para distrair todo mundo aproveita, inclusive eu).

Quando alguém diz que vai se matar, todo mundo diz e reza para ele não se matar, mas bem lá no fundo, todo mundo torce para o infeliz pular, com certeza eu era o que mais torcia para ele pular, já que estava gravando tudo e se ele pulasse iria dar umas boas imagens. Passou uma hora, duas, três e nada dele pular, ele ameaçava, ameaçava e não pulava. Então numa certa hora, ele pediu para os policiais abrirem um bueiro que ficava na gente da janela, ele disse que queria sentir o cheiro da merda, feito isso, ele fez um baita discurso político, um discurso de dar inveja no Lula, (se o Lula tivesse um discurso daqueles desde o começo, ele teria ganho as eleições na primeira candidatura). Quando acabou o discurso ele pulou e caiu dentro do bueiro e de dentro do bueiro ele gritou.

- há há há há, pensaram que eu ia me matar né? Seus troxas!!!

Ate ai tudo bem, ele fingiu tudo só para chamar a atenção, mas tinha um problema, ali era uma canalização central, por ali passava o esgoto de toda cidade... bem pelo menos daqueles que tinham esgoto, voltando ao assunto, era uma tubulação grande e com muito esgoto, qualquer coisa que caísse ali era arrastada e para colaborar com a tragédia, não havia lugar para se segurar.o resultado se ouviu logo após ele começar a falar

- há há há há, pensaram que eu ia me matar né? Seus troxas!!! Rah rah rah rah... ahhhhh aahhhh aahhhh, socorro, to sendo levado...

Mal deu tempo de ajudar ele, quando o primeiro policial chegou no bueiro ele já tinha sumido. Durante algumas semanas procuraram o doido nas tubulações, mas não foi encontrado nem rastro dele. No esgoto não encontraram nada, mas na torre da igreja encontraram um papel com um plano diabólico, o papel tinha o singelo titulo “plano para se eleger vereador” e abaixo tinha uns tópicos.

- atrair a atenção de um grande publico

- fazer um discurso político bonito

- impressionar a todos

- logo depois de impressionar lançar a minha candidatura.

Esse foi um plano eleitoral que literalmente desceu pelo ralo...

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Macarrão alho e olho, porem sem alho...

Eu sempre to ajudando alguém por aqui, outro por ali. As vezes eu vou ajudar meu tio em seu restaurante italiano, nesse restaurante sempre acontece alguma coisa de outro mundo, teve uma vez que chegou um casal “composto” de uma loira e um agro-boy (agro-boy é o playboy da roça). O agro-boy fez seu pedido na boa, mas quando chegou na loira deu pepino, ela olhou para mim e disse:

- Olha, eu odeio alho e cebola, será que dá para tirar o alho e cebola da comida?

- Dá sim...

- Bemmm ... eu quero macarrão alho e oleo...

Então eu a interrompi:

- só um pouco, não da para fazer macarrão alho e óleo, só vai alho e olheo nesse macarrão, se tirar o tempero vai ficar sem gosto...

Então foi a vez dela me interromper:

- Como assim não dah? Eu sempre como macarrão alho e oleo sem alho, minha mãe sempre faz macarrão alho e óleo sem alho e fica super gostoso.

Tipo, se você não sabe o que é macarrão alho e óleo, eu explico: é um macarrão com gosto de alho... Como uma infeliz adora comer um macarrão com gosto de alho e não gosta de alho? tem que ser uma infeliz mesmo... voltando a historia, tive que chamar o gerente, que chamou o cozinheiro. Depois de um breve escândalo da loira, o cozinheiro decidiu fazer aquilo que ela queria.

Ela adorou, comeu um prato inteiro e repetiu, depois de acabar disse que foi o macarrão alho e óleo mais gostoso que ela já avia comido na vida dela. Depois que ela e o agro-boy foram embora, o cozinheiro disse:

- viram ela adorou...

- como você fez para o macarrão ficar bom sem o alho? (perguntei)

- quem disse que eu tirei o alho??? Alem de não tirar eu coloquei mais do que devia... e consertesa a mãe dela e todo mundo que já fez esse macarrão para ela, faz o mesmo...

Daí eu fiquei pensando, por isso que as loiras tem essa fama, a infeliz é enganada desde criança e nem percebe nada, mas como disse o cozinheiro “ aquilo que os olhos não vêem, a língua não sente!!!!

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Panetone de lama


Parte da turma reunida na hora do intervalo, sempre passávamos o intervalo reunidos jogando conversa fora e comendo a merenda da escola, nesse dia estavam servindo sagu... eca!!! Estava tudo tranqüilo quando alguns palhaços começaram a tirar sarro de umas meninas, todos naquele grupo riam das piadas que os doentes faziam, mas tinha um que se destacava, o Aldeone, parecia que ele ia ter um ataque epilético de tanto que ria, teve alguns que ate se afastaram (para não pagar mico do lado do senhor risonho).
Os garotos infernizaram tanto a vida das meninas, mas tanto, mas tanto... que as deixaram nervosas ao ponto delas ficarem loucas (entendeu???), loucas o suficientes para saírem correndo atrás dos garotos atacando sagu... “ow cena deprimente”... quem estava apenas vendo a “tiração de sarro” ficou ali parado vendo os meninos correndo das saguzadas das meninas. No entanto o Aldeone que não tinha nada haver com o que estava acontecendo, de enxerido saiu correndo também, as meninas estavam nem ai para ele, tanto que ele saiu correndo para a esquerda e elas para a direita correndo atrás dos outros meninos. Correndo sozinho e rindo como um tongo, continuou correndo em direção aos banheiros, para o azar dele as tias estavam lavando os banheiros e elas sempre usaram muita água para isso, na frente do banheiro tinha uma área de terra batida, nos dias que as tias estavam lavando o banheiro, ninguém ousava passar por ali, aquela terra batida virava um lamaceiro. O infeliz do Aldeone foi passar justamente pela lama, o que veio depois foi no maior estilo matrix... eu vi tudo em câmera lenta: “ ele começou a andar de lado em cima da lama, e foi se inclinando e inclinando ate que perdeu o equilíbrio e caiu de cara na lama”, tudo isso aconteceu em dois ou três segundos, mas para mim duraram uma eternidade.
Não teve quem não risse, todos caíram na maior gargalhada, então teve um que gritou “DALE PANETONE DE LAMA!!!”( panetone já era o apelido dele, caso você não tenha percebido o porque, eu explico: Aldeone, Panetone, Aldeone, Panetone, Aldeone, Panetone... rima, entendeu???).
O panetone se levantou com a maior cara de choro, viu o estado “enlamassado” que se encontrava e foi para a diretoria, no caminho ele teve que ouvir quase metade dos alunos do colégio rindo ou tirando sarro dele. Na diretoria ele pediu autorização para ir embora, e conseguiu, da diretoria ele foi na sala pegar a bolsa e da sala ele foi embora, durante todo esse caminho tinha gente rindo da cara dele... tadinho...
Acabou o intervalo e voltamos rindo para a sala, ao entrar na sala os risos pararam, era a aula de ciências com um dos professores mais mal humorados do colégio. Todos pararam de rir, menos eu e o Carlos que sentamos no fundo da sala, apenas para continuar rindo da cara do Panetone.
Na metade da aula o professor ficou enfezado com a nossa bagunça ( também, era metade da aula e nos estávamos encenando a queda do Panetone com um boneco que montamos a partir de canetas e elásticos), então ele perguntou: - sobre o que vocês tanto falam? - nada não professor!!! (respondeu o Carlos) - mas vocês riem tanto!!! Deve ser algo muito engraçado, por que vocês não compartilham essa alegria com a sala, venham aqui na frente falar para toda turma o assunto de suas conversas. Pensei um pouco e disse: - estou indo contar...
Então o Carlos cochichou:
- você esta doido??? O que você vai fazer???
- oras... vou fazer exatamente aquilo que o professor não quer que eu faça!!!! Fui ate na frente e comecei a contar a historia do Panetone de Lama: - nos estávamos conversando sobre a historia do pequeno Panetone de Lama , que é mais ou menos assim: “ os coelhinhos estavam enchendo o saco das coelhinhas, nisso o panetone ficava rindo de tudo, mesmo não estando participando da brincadeira...”
Então o professor perguntou: - O Panetone era um coelho também?
- Não!!! Um burro... (respondi rapidamente) “continuando... os coelhinhos encheram tanto o saco das coelhinhas, mas tanto, mas tanto, que as coelhinhas perderam a cabeça e começaram a jogar pedras nos coelhinhos. Vendo o risco, os coelhinhos saíram correndo e as coelhinhas atrás deles, mas daí o burro Panetone, de intrometido (afinal ele não tinha nada a ver com o ocorrido) saiu correndo também, alias, saiu correndo sozinho. Então o Panetone acabou por escorregando na lama e caiu com a fuça na lama, e desde desse dia ele ficou conhecido como Panetone de lama...” Quando terminei a historinha, para minha surpresa, estavam o professor e os alunos rindo e aplaudindo, não porque a historia foi engraçada, mas porque fui ousado... lembre-se, ousadia é fazer aquilo que todo mundo quer fazer mas ninguém tem coragem de fazer... nossa isso foi poético... AAAAhhhh e no dia seguinte, apareceu um monte de cartazes com desenhos parecidos com o dessa postagem."

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