Construindo um quarto

Meu patrão (um grande mão de vaca) decidiu construir um puxadinho por conta própria nos fundos da empresa para guardar cacarecos. Ele comprou todo o material necessário e para economizar ele decidiu usar mão de obra escrava para construir o quartinho ( traduzindo... ele iria pegar quem estivesse de bobeira no escritório e iria colocar para trabalhar ). Para minha sorte, estava muito ocupado no dia e não pude ajudar na construção (nunca fiquei tão feliz por estar entupido de trabalho).

Da janela que ficava do lado da minha mesa eu pude ver toda a cena. Primeiro construíram a base e as fundações, jogaram concreto no chão e colocaram tijolos em cima e assim já estava pronto o chão do quartinho (se você entende um pouco de construção você sabe que isto está errado).

Depois começaram a empilhar tijolos, descobri depois que aquilo era uma tentativa de fazer uma parede. A principio não deu muito certo, toda vez que a aquela pilha de tijolos (que eles chamavam de parede) ganhava certa altura, caia... Então teve um gênio que decidiu abanar a parede para que o concreto secasse mais rápido, então a situação porque o vento derrubava a parede!

Logo se formou uma cena muito patética porque três patetas se juntaram para fazer a parede, um empilhava os tijolos com cimento, o outro abanava para o concreto secar e um terceiro segurava a parede. Isso não deu certo e a parede continuou caindo...

Daí uma das faxineiras disse que parede se construía de baixo para cima e não de um lado para outro.
Nisso o negocio começou a dar certo, eles construíram e a parede não caia. No final do dia o quarto já estava quase pronto, só faltava um teto.

Meu patrão feliz da vida com tal façanha, quis mostrar o que ele e o pessoal do escritório haviam feito, a mulher dele foi uma das poucas pessoas que ousaram entrar ali (afinal as paredes estavam tortas e parecia que tudo ia cair). Lá dentro a mulher do patrão teve uma crise alérgica, espirrava sem parar, tais espirros ecoavam pelas paredes do pequeno quarto, num desses espirros o quarto inteiro veio abaixo.

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A CALOTA DO LANDAU

Para quem não sabe do que se trata faço um breve resumo, trata-se de uma auto peças famosa, que atualmente já não existe, mas que fez história em Anápolis e região.
Pertencia ao Sr. Hélio, comerciante astuto, e que possuía o maior estoque de peças para carros nacionais e importados, novos e antigos da região.
Conta-se que devido aos preços que praticava era a última opção dos compradores, mas seja a peça que fosse, se não encontrada em nenhum lugar, podia ir a Royal que tinha.
O Sr. Hélio ficou famoso não só pela Royal, mas pelas “passagens” que ainda hoje são contadas pelos comerciantes de peças da cidade.

Um dia, no final dos anos 70, chega a Royal o proprietário de um Landau procurando por uma calota. O Sr. Hélio olhou o modelo da calota do carro, que estava parado do outro lado da rua, e disse ao proprietário que tinha a peça, mas que precisava procurar no estoque que ficava no sub solo da loja e pediu ao comprador que esperasse alguns minutos.
O cliente se distraiu conversando com um funcionário da loja e olhando algumas peças em exposição.
Chegando ao estoque, o Helio percebeu que não tinha a referida calota e voltou para a loja para falar com o cliente. Percebendo a distração do sujeito, Helio não teve dúvida, atravessou a rua, retirou uma das calotas do outro lado e colocou-a na roda que estava faltando.
Voltou para a loja e disse ao cliente que já havia instalado a calota no carro. O cliente olhou para o carro e viu a calota no lugar, só não deu conta que a outra roda do carro que estava para o lado da calçada, e portanto fora de visão, tinha ficado “banguela”.
Pagou pela calota “nova” um preço absurdo, entrou no carro e foi embora.
Voltou no dia seguinte:
- Seu Hélio, o senhor não vai acreditar, perdi a calota do outro lado!
Seu Hélio:
- Hô rapaz, agora você deu azar, aquela que te vendi ontem era a última...

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