O macaco encrenqueiro


Uma certa vez apareceu na praça central de minha cidadezinha um macaco... ninguém sabia de onde ele tinha vindo ou se alguém o teria deixado ali, ele simplesmente apareceu, a única coisa que se sabia era que se tratava de um macaco prego, macho e meio grandinho para a espécie dele. No começo todo mundo achou bonitinho ter um macaquinho fofo na praça, tinha gente que trazia comida para dar para ele, já outros iam ate a praça apenas para ver o macaco fazer estripulias.
Os primeiros a mudarem de idéia foram os tiozinhos que jogavam tranca na praça, muitas vezes no meio do jogo o macaco pulava em cima da mesa, bagunçava todas as cartas e muitas vezes roubava alguma carta, depois de bagunçar com tudo ele saia correndo e subia em cima de alguma arvore, o resultado foi que os tiozinhos tiveram que arrumar outro lugar para jogarem a sua tranca de cada dia. Logo depois foram as pessoas que transitavam pela praça que começaram a sofrer com o macaco ( já que não tinha tiozinhos para ele encher a paciência, ele foi encher as paciências de quem passava por ali ), o infeliz do macaco começou a roubar qualquer coisa que as pessoas tivessem na mão, quando ele avistava algo que o interessava ( ele dava preferência a celulares ) ele descia da arvore e saia em disparada para cima da pessoa, então ele pulava na mão da pessoa e fazia de tudo para tirar o objeto de interesse da mão de tua vitima ( muitas vezes ele ate mordia), depois de tirar o objeto da mão da pessoa ele subia em cima da arvore de novo, lá ele ficava brincando com um objeto durante algum tempo e quando enjoava ele atacava o negocio de lá de cima. Talvez não seje verdade, mas parecia que ele mirava na cabeça das pessoas, vira e mexe ele acertava a cabeça de alguém, e como ele adorava celular.... bommm.... não preciso falar muito.... tu já deve ter imaginado o estrago, alem do celular ficar em pedacinhos a cabeça da vitima também ficava rachada, a maioria tinha que ser levada ao hospital.
Com o passar do tempo as pessoas começaram a ficar com medo dele, muitas evitavam de passar pela praça, as que se atreviam a passar pela praça ( afinal a praça era razoavelmente grande e cortava um bom caminho) começaram a gritar, chutar e ate mesmo a atacar pedras toda vez que o macaco ameaçava se aproximar. Com isso cada vez mais o macaco foi ficando mais arredio, agressivo e surtado... isso mesmo “surtado”, o infeliz inventou de atacar merda nas pessoas que passavam pela praça, para ajudar o infeliz tinha uma mira desgraçada, ele não errava uma.
O movimento que já era pouco na praça ( por causa do macaco) começou a diminuir ate ficar quase nenhum ( também culpa do macaco ), então o prefeito cansado de receber reclamações de todas as partes ( ate no super mercado as pessoas viam reclamar do macaco) decidiu tomar uma atitude, mandou dois tiozinhos gordos capturarem o macaco. Eles ate tentaram, mas o macaco era duas vezes mais esperto, cinco vezes mais ágil, muitas vezes mais leve e varias vezes mais sacana... os tiozinhos ate tentaram subir nas arvores para pegar o macaco lá em cima, mas depois de subirem um metro e meio na arvore eles já estavam exaltos, correr era uma outra alternativa que não deu certo (poxa, eles se cansavam ate de caminhar). Daí eles começaram a armar armadilhas por todos os cantos da praça, mas o bendito macaco não caiu em nenhuma, bom.... ele ate caiu em algumas mas ele sempre se soltava, depois de gastarem os planos a, b, c, d .... eles resolveram apelar para o plano G, o plano g consistia em usar armamento pesado para pegar o macaco, uma garrucha ( entendeu o porque do plano g??? sabe Garrucha, plano G, pois é essa foi a idéia deles), se você não sabe o que é uma garrucha eu te explico: garrucha é um revolvim muito do antigo e do safado, daqueles que só dão um tiro, e depois desse tiro tu gasta meia hora recarregar ( para recarregar tu entucha pólvora dentro do cano e depois coloca uma bolinha de chumbo que no caso seria a bala propriamente dita), o plano “G” também não deu certo, a mira dos tiozinhos era péssima, de cada 20 tiros que eles davam apenas 2 passavam perto, e olha que essas são as estimativas boas.
Num belo dia, um senhor desavisado estava passando pela praça quando o macaco atirou merda nele, ao sentir alguma coisa o acertar, o velhinho parou e analisou aquilo que o havia acertado, quando ele percebeu o que era ele ficou puto da cara, olhou para cima e disse:
- muleque ( pelo jeito alem de desavisado ele também era meio cegueta ) filho de uma mãe batedeira, eu vou te pagar na mesma moeda seu lazarento “ porque quem com ferro fere, com ferro será ferido ” ( gritou o tio).
Então o velho abaixou as calças, deu uma agachadinha, colocou a mão para trás e deu um belo cagalhão na mão. Daí ele deu uma encarada no macaco e atirou o bolo de merda no infeliz, tal bolo de merda acertou em cheio a cara do macaco, dizem que parecia que o macaco tinha levado um tiro de fuzil ( a cabeça dele foi lançada para trás e todo o corpo seguiu a cabeça, e de cima da arvore o macaco caiu e se estatelou no chão ), logo o macaco se levantou e tentou retirar a porcaria da cara dele, ele tentou de tudo ( esfregava as mãozinhas na cara, rolava e esfregava a cara no chão). O macaco ficou tão artodoado que saiu correndo em disparada pela praça, ate atravessou a rua ( deixo de passagem que ele não olhou para os dois lados antes de atravessar, se tivesse feito isso teria evitado o acidente ), daí um caminhão de cimento passou por cima dele ( também dizem que o som do caminhão passando por cima do macaco foi algo como ploc- ploc ).
Muita gente ficou triste com o fim do macaco, mas muito mais gente ficou feliz com o fim do maçado, depois da morte do macaco fizeram uma pequena lapide e o enterraram no centro da cidade, alguns falam que ate hoje o macaco assombra a praça.

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Venho através dessa humilde postagem, pedir desculpas para os leitores do blog pela falta de historias novas, mas eu fiz uma viagem que ia durar uns dias e durou mais de um mês, outro fator que contribuiu para a falta de historias no blog foi a falta de historias para colocar aqui, entendeu???? Depois de mais de 60 historias o estoque esta acabando, pelas minhas contas tem mais três historias novas para colocar no blog, esse numero pode aumentar se acontecer mais alguma historia comigo ou se eu me lembrar de alguma historia. Também faz tempo que não me mandão historias para o mail, se você tiver alguma, me ajude mande a tua historia para o mail olhandoalua@pop.com.br, mas mesmo não atualisando o blog constantemente, eu sempre estou passando pelo blog para ver se tem algum comentário novo.

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Uma noite no hospital


Então uma vez eu peguei uma infecção brava, eu estava tão mal que tive que me arrastar ate o medico ( quem me conhece sabe que odeio ir ao medico, vou apenas em necessidades extremas ). O medico me fez fica de observação durante a noite, eu ate tentei escapar dali, mas o infeliz do doutor Valdemar me seguiu ate a sala de observação e recomendou as enfermeiras não me deixarem sozinho por nada, ate para ir ao banheiro eu teria que ir acompanhado ( esse medico me conhecia bem, afinal ele é meu medico desde criança, ele se lembra muito bem das vezes que a minha mãe me levava ao hospital e eu fugia pelas portas do fundo).
Ao chegar na sala percebi que não seria uma noite muito fácil ( havia mais algumas pessoas na sala, muitos resmungando ), mas pelo menos a cadeira era confortável e reclinável. Eu tentei dormir mas tinha um bêbado na sala que ficava pedindo para a enfermeira tirar o ponto do soro do braço dele, para que o mesmo pudesse ir embora:
- poxa! Hic!!!! Eu num to duente, não preciso ficar aqui mofando, tira esse negocio do meu braço para eu ir embora...
- primeiro eu tenho que pedir para um medico te reavaliar ( dizia a enfermeira ).
- porra!!!! Eh... um.... bem.... ! “ o que eu ia falar mesmo???”, ah sim, se você não tirar esse tubinho do meu braço, eu mesmo vou tirar.
A enfermeira deixou o bebum falando sozinho e foi atender uma moça. A enfermeira tinha apenas que tirar sangue da moça, no entanto a moça tinha medo de agulha, o que transformou a retirada de sangue virou uma batalha, mas o problema foi logo resolvido ( o que 4 enfermeiras segurado a moça não fazem em???).
Depois de retirar o sangue a enfermeira disse que teria que aplicar uma injeção no bumbum dela, nisso o bêbado se manifestou:
- opa!!! Agora to gostando daqui, hic!!! Deixa eu aplicar a injeção nela, prometo tomar cuidado...
Ninguém deu muita bola para o bêbado, então a moça e a enfermeira entraram num quartinho, quando saíram de lá o bêbado voltou a se manifestar: “ – eita, como eu queria ser uma injeção nessas horas”.
De tanto encher o saco, a enfermeira retirou o soro do bêbado e o liberou para ir embora, cambaleante e soluçante o bêbado foi embora. Quando finalmente achei que iria dormir, chegou uma senhora que não parava de reclamar de dores por todo o corpo, enquanto a enfermeira não veio atendê-la ela não parou de chamar a enfermeira e nem parou de reclamar de dor:
- ai ai ai !!! dói tudo, enfermeira me aplica a injeção logo para parar a dor! Ai meu Deus, acho que vou morrer de tanta dor...
Então a enfermeira veio e aplicou a injeção, 30 segundos depois a senhora já estava dizendo:
- ah mas eu já estou boa, já vou ate embora...
Ela não foi a única a se curar instantaneamente ao tomar um medicamento, com outras pessoas também aconteceu isso, também teve uma mulher que após tomar uma dose alta de morfina não passou a dor. Quando a madrugada chegou e o meu sono também, reclinei a cadeira e tirei um bom cochilo. Acabei acordando com uns gemidos, parecia que alguém estava tendo um orgasmo, “ mas que putaria esta acontecendo aqui???”(pensei comigo mesmo). Abri os olhos e levantei a cabeça e ao olhar para o lado vi uma cena assustadora, tinha um monte de enfermeiras segurando uma moça que parecia ter vindo do filme “ o exorcista ”, ela estava branca, se contorcia toda e temia como uma batedeira, então veio um medico e a levou para um outro lugar. Depois disso eu não consegui mais dormi, então dei uma olhada por toda a sala, e reparei que havia gente nova ali e gente que tinha ido embora, entre eles um baita de um negão que estava variando das idéias. Alem de falar sozinho, o cara via coisas andando nas paredes, mas se fosse apenas isso, tudo bem já eu estou acostumado a lidar com pessoas variando ( acho que eu sou uma das pessoas no mundo que mais viram e conviveram com bêbados no mundo, só perco para donos de bar, donos de zona e putas ), mas o infeliz se levantou e começou a andar por toda a sala, o pobre coitado mal se agüentava em pe, andava passo por passo e a cada passo ele cambaleava e parecia que ia cair ( imagine um negro de 2 m de altura, uns 110 quilos caindo em cima de uma pessoa doente... imaginou ???? pois é, um estrago não???? ), mas para a sorte de todos os pacientes naquela sala, havia ali uma enfermeira muito da dedicada, apesar de ser baixinha ela carregava o grandão e o levava para a cadeira, mas não adiantava, logo depois da enfermeira o fazer sentar ele se levantava de novo, teve uma vez que ele se levantou e foi ao banheiro, com o maior esforço (e com a ajuda da enfermeira) ele achou o banheiro, mas depois ele não conseguia sair de lá, dava para ouvir os resmungos e os passos dele de lá para cá procurando a porta, de novo a enfermeira teve que ir ajudar o homem, ele só saiu de lá porque a enfermeira o ajudou. Depois de ser levantar mais algumas vezes, dar algumas voltas pela sala e se sentar de novo ( quando ele se levantava, todo mundo ficava com receio que ele caísse em cima de alguém, mas quem ficava preocupado mesmo era a enfermeira), então depois de dar umas voltas ele resolveu ir embora, levantou e saiu andando, a enfermeira ate tentou impedir ele, mas faltou alguns centímetros em sua altura para que ela conseguisse fazer isso, logo depois veio um guarda dando a noticia, que o cara tinha tentado roubar uma bicicleta de uma funcionaria, mas o coitado tava tão mal que não conseguia se equilibrar em cima da bicicleta, quando duas funcionarias começaram a gritar ele fugiu a pé mesmo, então a enfermeira falou:
- nossa essa noite foi irreal, nunca passei um plantão assim!!!!

E eu respondi para ela:
- essas coisas sempre acontecem nos lugares que estou

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