Poucas coisas são piores que ir trabalhar quando está chovendo. Adoro chuva, adoro dormir com o barulhinho de telec-telec na janela, sentir a brisa gelada e o ar úmido. Mas pegar ônibus, andar na cidade, se infiltrar na multidão quando está chovendo é muito foda... muito mesmo, não existe nada pior que escapar das velhinhas com os seus guarda-chuvas, sempre na busca em furar o olho de alguém.
Outro dia sai desesperado, correndo com o meu guarda-chuva para não chegar atrasado no serviço e sem me molhar. Até o ponto de ônibus que fica próximo a minha casa foi uma beleza, o cominho tem varias arvores, a calçada é limpa e sem poças. Estava todo feliz esperando o buzi, quando um motoqueiro muito do infeliz e pau no ** teve a idéia de passar na poça que tinha na frente do ponto para me molhar, ao perceber a péssima idéia do motoqueiro, recuei encostar no muro e quando a água espirrou dei um baita pulo. Por causa do meu esforço o resultado não foi tão ruim, tirando o coturno molhado e uns respingos na barra da calça, estava salvo...
Já dentro do onibos a batalha é outra, escapar naquele aperto dos guarda-chuvas molhados, das pessoas melecadas e das janelas abertas ( isso mesmo, sempre tem um infeliz que esquece de fechar a janela...). Ônibus lotado, gente cheirando a cachorro molhado e um cobrador banhado em perfume... não teve escapatória, passei mal dentro no ônibus e dei uma bela gorfada no pé de uma tia... a tia ficou me dando bronca até a parada final... -.-´
A chuva causa mais engarrafamento que passeata do MST, resultado... estava atrasado. Sai correndo do ponto final até o meu trabalho, no começo estava muito do orgulhoso, ao maior estilo ninja eu escapava dos guarda-chuvas furadores de olho, desviava das poças, passava por cima dos mendigos, sobrevoava os buracos, até que encarei um dilema: “ passar do lado esquerdo da calçada aonde tinha uma poça aparentemente rasa ou encarar um grupo de tias com os seus guarda-chuvas fatais...”. Escolhi a opção mais fácil e me dei mau!!! pasei por cima da poça de água e ela não era rasa, afundei a pena na água quase na altura do joelho, ensopei a minha calça e a minha bota e tive que aturar as tias rindo de mim.
A pesar de todo o sufoco, cheguei a tempo no meu trampo. Meu sapato fazia aquele barulho de molhado “shalepe shalepe”, andando pelos corredores acabei dando de cara com o meu patrão:
- Nossa rapas!!!! Como você está acabado, está chovendo pedras lá fora para tu chegar aqui nesse estado???
- Quase isso... (quando se anda num jipão importado, nem se nota que está chovendo...)
- Bom rapas, aproveitando que tu já está ensopado e não tem ninguém aqui (todos estavam atrasados), pegue esses documentos e leve ao cartório para reconhecer firma, depois vá até esse endereço e pegue a encomenda que está em meu nome, mas tome cuidado porque é o presente de aniversario, na volta aproveite passe no meu banco e entregue essa carta para o gerente Alfredo, e aproveitando que tu vai estar na rua, passe na cafeteria e me traga um capuchino.
Eu queria me jogar da janela... fazer tudo isso em um dia normal é difícil, imagine em baixo de um toró de chuva...
Emprego é emprego e patrão é patrão, tive que abaixar a bola e fazer tudo que foi pedido... no entanto, nem foi muito difícil ir até o cartório, uma tarefa mais fácil do que havia pensado. O negocio ficou preto depois que eu peguei a encomenda, no momento de descuido um malaquinho roubou o meu quarda chuva, não vi de onde ele veio e nem vi para onde ele foi, com isso fui obrigado a tomar carona no guarda-chuva dos outros (na maior cara dura mesmo) e me esgueirar pelos toldos. Uma baita ginástica e um bom jogo de esconde-esconde com a chuva. Mais ou menos seco eu passei no banco e entreguei a carta, já estava quase no fim de minha jornada.
Para chegar na cafeteria, tinha que passar por uma esquina que estava quase inundada, como estava com os pés ensopados eu passei de boa, ao chegar ao outro lado, um motorista muito do infeliz passou o sinal vermelho a toda velocidade e a toda velocidade ele passou pela poça de água, o resultado eu senti nas costas, um baita jato de água atrás de mim, fiquei inteiramente ensopando. Depois de tudo que passei já estava sentindo o resfriado chegando. Mesmo estando ensopado passei na cafeteria e peguei o capuchino (ele não iria aceitar desculpa alguma, ou pegava o capuchino ou levava bronca).
Totalmente ensopado e com os sapatos fazendo mais shelep-shelep eu cheguei na empresa com a esperança de receber o resto do dia de folga, afinal estava acabado e tinha feito tudo que me pediram e naquele estado nem daria para trabalhar (estava tremendo de frio). Ao entrar no escritório do meu patrão, ele levou um espanto com o meu estado, entreguei a encomenda dele (detalhe, totalmente seca) e o capuchino que ele havia pedido. No alto de sua humildade e compreensão, o meu patrão fez um ato de caridade, me deu dois lenços de nariz (aqueles de papel) e me disse – Vá trabalhar...
Outro dia sai desesperado, correndo com o meu guarda-chuva para não chegar atrasado no serviço e sem me molhar. Até o ponto de ônibus que fica próximo a minha casa foi uma beleza, o cominho tem varias arvores, a calçada é limpa e sem poças. Estava todo feliz esperando o buzi, quando um motoqueiro muito do infeliz e pau no ** teve a idéia de passar na poça que tinha na frente do ponto para me molhar, ao perceber a péssima idéia do motoqueiro, recuei encostar no muro e quando a água espirrou dei um baita pulo. Por causa do meu esforço o resultado não foi tão ruim, tirando o coturno molhado e uns respingos na barra da calça, estava salvo...
Já dentro do onibos a batalha é outra, escapar naquele aperto dos guarda-chuvas molhados, das pessoas melecadas e das janelas abertas ( isso mesmo, sempre tem um infeliz que esquece de fechar a janela...). Ônibus lotado, gente cheirando a cachorro molhado e um cobrador banhado em perfume... não teve escapatória, passei mal dentro no ônibus e dei uma bela gorfada no pé de uma tia... a tia ficou me dando bronca até a parada final... -.-´
A chuva causa mais engarrafamento que passeata do MST, resultado... estava atrasado. Sai correndo do ponto final até o meu trabalho, no começo estava muito do orgulhoso, ao maior estilo ninja eu escapava dos guarda-chuvas furadores de olho, desviava das poças, passava por cima dos mendigos, sobrevoava os buracos, até que encarei um dilema: “ passar do lado esquerdo da calçada aonde tinha uma poça aparentemente rasa ou encarar um grupo de tias com os seus guarda-chuvas fatais...”. Escolhi a opção mais fácil e me dei mau!!! pasei por cima da poça de água e ela não era rasa, afundei a pena na água quase na altura do joelho, ensopei a minha calça e a minha bota e tive que aturar as tias rindo de mim.
A pesar de todo o sufoco, cheguei a tempo no meu trampo. Meu sapato fazia aquele barulho de molhado “shalepe shalepe”, andando pelos corredores acabei dando de cara com o meu patrão:
- Nossa rapas!!!! Como você está acabado, está chovendo pedras lá fora para tu chegar aqui nesse estado???
- Quase isso... (quando se anda num jipão importado, nem se nota que está chovendo...)
- Bom rapas, aproveitando que tu já está ensopado e não tem ninguém aqui (todos estavam atrasados), pegue esses documentos e leve ao cartório para reconhecer firma, depois vá até esse endereço e pegue a encomenda que está em meu nome, mas tome cuidado porque é o presente de aniversario, na volta aproveite passe no meu banco e entregue essa carta para o gerente Alfredo, e aproveitando que tu vai estar na rua, passe na cafeteria e me traga um capuchino.
Eu queria me jogar da janela... fazer tudo isso em um dia normal é difícil, imagine em baixo de um toró de chuva...
Emprego é emprego e patrão é patrão, tive que abaixar a bola e fazer tudo que foi pedido... no entanto, nem foi muito difícil ir até o cartório, uma tarefa mais fácil do que havia pensado. O negocio ficou preto depois que eu peguei a encomenda, no momento de descuido um malaquinho roubou o meu quarda chuva, não vi de onde ele veio e nem vi para onde ele foi, com isso fui obrigado a tomar carona no guarda-chuva dos outros (na maior cara dura mesmo) e me esgueirar pelos toldos. Uma baita ginástica e um bom jogo de esconde-esconde com a chuva. Mais ou menos seco eu passei no banco e entreguei a carta, já estava quase no fim de minha jornada.
Para chegar na cafeteria, tinha que passar por uma esquina que estava quase inundada, como estava com os pés ensopados eu passei de boa, ao chegar ao outro lado, um motorista muito do infeliz passou o sinal vermelho a toda velocidade e a toda velocidade ele passou pela poça de água, o resultado eu senti nas costas, um baita jato de água atrás de mim, fiquei inteiramente ensopando. Depois de tudo que passei já estava sentindo o resfriado chegando. Mesmo estando ensopado passei na cafeteria e peguei o capuchino (ele não iria aceitar desculpa alguma, ou pegava o capuchino ou levava bronca).
Totalmente ensopado e com os sapatos fazendo mais shelep-shelep eu cheguei na empresa com a esperança de receber o resto do dia de folga, afinal estava acabado e tinha feito tudo que me pediram e naquele estado nem daria para trabalhar (estava tremendo de frio). Ao entrar no escritório do meu patrão, ele levou um espanto com o meu estado, entreguei a encomenda dele (detalhe, totalmente seca) e o capuchino que ele havia pedido. No alto de sua humildade e compreensão, o meu patrão fez um ato de caridade, me deu dois lenços de nariz (aqueles de papel) e me disse – Vá trabalhar...
4 Comentarios:
Ele vooltoou!
Puuuuuutah!!
Até eu fikei com ódio desse maldito patrão. Se fosse eu, provavelmente jogaria o capucchino (é assim q escreve?) na cara de òÓ
Mâs tah muito dahora; Ri d+ xD
Caraca que patrao ein??
Aaaadorei a historia =D
Su fosse eu ja teria me jogado da janela logo no incio o_o
Hehe patrao é fods
~
se tiver tempo leia a minha "estoria", o primeiro capitulo ainda esta incompleto...
Estou tentando ecrever uma história á um tempo e resolvei colocá-la em um blog
quem se interessar:
http://oinvencivel-raul.blogspot.com/
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