historia do cemiterio

Tinha um amigo que morava na frente de um cemitério, no sobrado que ele morava dava para ver todo o cemitério, uma vez na varanda olhando o movimento do cemitério tivemos a idéia de reunir uma galera para assustar as pessoas que passavam perto do cemitério a noite. A primeira coisa foi chamar a galera, depois armar alguma coisa para assustar as pessoas que passavam perto do cemitério, com o tempo a gente se aprimorou e gostando da coisa( claro que a rua escura e o movimento continuo de pessoas ajudava muito), pelo menos uma vez por semana a gente se reunia na casa dele, pensávamos em alguma coisa e pulávamos o muro do cemitério para por as idéias em pratica, ate o dia que o tio (como era conhecido o pai desse meu amigo) descobriu o que estavamos fazendo, e em vez de brigar, espernear e gritar com a gente, ele curtiu muito a idéia e se juntou a nós.

Para melhorar o tio tinha umas idéias muito massas e sabia como ninguém fazer explosões e alguns jogos de luzes, o que elevou o nível de nossas brincadeiras para outro nível! com brincadeiras muito mais complexas. Tinha varias coisas que a gente fazia, claro que nada de ficar escondido esperando uma pessoa aparecer para gritar buuu!!!! Tinha que ser algo mais complexo para ninguém desconfiar, por exemplo:


*para assustar mulher não tinha nada melhor do que ficar do lado de dentro do cemitério escondidos atrás do muro e entre dois túmulos, quando a mulher chegava perto um amigo nosso (que conseguia fazer uma vós fúnebre) falava o seguinte texto em vos baixa, mas alta o suficiente para a pessoa que estivesse passando pela rua ouvir:
- depois que eu me matei fiquei tão solitário, minha família não me visita e nem meus amigos vem me ver, eu pensei que me matando eu seria mais feliz mas na verdade eu só fiquei mais solitário. Ah mas eu estou pensando seriamente em trazer uma pessoa para vim falar comigo e deixar de ser solitário!!!!
No começo tinha pessoas que ate paravam para ouvir, mas quando ele terminava a frase normalmente as pessoas saiam correndo, tinha algumas que subiam no muro para ver o que estava acontecendo, mas para essas mais corajosas tinha um amigo fantasiado esperando para assustá-las, essas sempre saiam correndo...

*a outra artimanha era o que a gente chamava de dialogo dos viados, era nada mais do que eu e um amigo meu imitando dois viados conversando, a gente sempre usava essa para assustar bêbados, sempre dava certo, o dialogo que a gente fazia era mais ou menos assim:
- Sabe sinto tanta falta de poder ir para a balada.
- É eu também sinto falta de sair, mas o que eu sinto mais falta é da minha mãe e do meu bof.
- Sabe a morte é tão ruim não estar viva, não poder comer, beber e nem sentir prazer.
- É mas a sorte que eu encontrei você pelo menos podemos passar o tempo conversando!!!
Nessa hora quando o bêbado se aproximava mais a gente começava a falar o seguinte:
- Sinto cheiro de homem...
- Eu também estou sentido o cheiro
- Ai saia lá para ver se é um homem mesmo, se for homem a gente trás ele para dentro para nos brincarmos um pouco com ele!!!
Nessa hora a gente colocava alguém com uma fantasia bem bizarra de travesti (que alias pertencia ao tio, era uma sobra de carnaval) em cima do muro, essa pessoa olhava para o bêbado dava um berro “- Um homem gostoso...” pulava o muro e saia correndo atrás do bêbado, claro que normalmente o bêbado caias ao dar três passos, mas logo levantava e voltava a correr
Mas teve muito outras coisas que fizemos, mas a que mais deu certo foi uma que aprendemos vendo as pegadinhas do Silvio Santos, e que assustava qualquer um:
* a gente arranjou uma corda de rapel que era o suficiente grande para uma ponta ser amarrada no alto do sobrado e a outra ponta numa jabuticabeira que ficava dentro do cemitério, daí pegava-mos o vestido de noiva da mãe de um amigo nosso, e colocava-mos em uma mulher( normalmente uma amiga nossa ), colocava-se um pó branco na cara dela e arrepiava o cabelo dela. Ela era presa com um colete na corda que ia ate o cemitério(era mais ou menos como uma tirolesa) toda vez que passava alguém a gente soltava ela do sobrado e ela ia deslizando pela corda ate o cemitério onde tinha dois caras para segurar ela.
Não tinha ninguém que não se assustasse, principalmente porque havia uma amiga nossa que ficava do outro lado do cemitério com um mega fone recitando o seguinte texto:
- Meu marido me mato, e desde que eu morri fiquei muito sozinha e para atenuar essa solidão eu escolhi você para ficar comigo e me fazer Campânia. Haahhaaahaaahaaa!!!!

Daí a gente soltava a nossa amiga do sobrado e ela descia gritando ate o cemitério, e a pessoa saia correndo, essa brincadeira era muito boa mas tivemos que parar de fazer ela porque depois da menina quebrar o braço pela segunda vez ela não quis mais participar da brincadeira...
Mas essa folia durou ate o dia que estávamos esperando entre os dois túmulos costumeiros alguém para assustar, quando nós ouvimos uma batida dentro de um dos túmulos: toc, toc, toc...
A gente vasculhou todo o tumulo e não achamos nada, a gente pensou ate que tinham enterrado alguém naquele dia e que a pessoa estava viva, mas as únicas pessoas que estavam enterrados lá era um casal que estava enterrados a pelo menos uns dez anos, daí do nada a gente ouviu uma vos bem fraca vinda de dentro do tumulo:
-“ me deixem descansarrr”. Mas na mesma hora todo mundo pulou o muro desesperado, uma galera caiu e teve um que ate quebrou a perna, e todos correram para dentro da casa do tio. Uma tempo depois a gente descobriu que os coveiros e os guardas do cemitério se juntaram para armar uma com a gente, eles abriram o tumulo tiraram o caixão e colocaram um dos coveiros ali dento e fecharam o tumulo deixando apenas um pequeno buraco para o cara respirar.

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cigarrinho de orégano

Meu amigo Pedro tinha um desejo de grávida, o desejo de fumar maconha e ficar muito chapado, tal desejo foi transmitido por osmose a outros cinco amigos nossos ( sinceramente um bando de adolescentes tapados ). Ao encontrar com algum deles, sempre puxavam os seguintes assuntos : “onde eu arranjo”, “onde compro”, “como deve ser os efeitos”...

E o bando de playboy vivia me enchendo o saco para eu arranjar maconha para eles, porque queriam experimentar, queriam ficar chapados! Eu sempre respondia que eu não sábia onde encontrar e que eu não queria me envolver com isso. (até hoje não sei o porque eles vinham pedir isso justo a mim, acho que tenho cara de chapado ou de traficante, ou ainda, algo do gênero)

Um belo dia em casa, me lembrei de uma que um amigo me contou a seguinte historia:
“um dia estava eu e minha galera na chácara de minha mãe passando as férias de
verão, deu um dia eu tive uma idéia muito doida, eu peguei um pouco de bosta de
vaca e coloquei num papel, enrolei bem direitinho e levei para os cara, quando
cheguei lá eu disse para eles que era maconha, os caras acenderam o
cigarro de bosta de vaca e começaram a fumar. Aquele cigarro passou de mão
em mão ate acabar, deu uns minutos depois que acabou o cigarro a galera começou
a pirar, os caras ficaram maior chapados fumando merda de vaca, teve ate um cara
que tentou fazer um strip.”


Daí “eu” tive a brilhante idéia de fazer a mesma coisa para ver o que acontecia, só tinha um problema! aonde encontrar merda de vaca no meio da cidade!!! Eu ate procurei mas não encontrei merda nenhuma. Não tendo a merda, tive que achar algo parecido com maconha, o que eu achei de mais parecido foi orégano. Acabei fazendo um cigarro de orégano e levei para o bando de Zé ruela, cheguei lá e mostrei para eles o cigarro de orégano.

Na mesma hora os caras começaram a me tratar como um rei, os caras pegaram o cigarro de orégano(sem saber que era de orégano) reverenciaram, alisaram e cheiraram depois acenderam e passaram o cigarro de orégano de mão e mão, fumaram ate o toco. Deu uns dês minutos e aconteceu o que eu pensava que não ia acontecer “ os moleques ficaram muito locos ”, um subiu em cima do safa e começou a cantar musica pop, o outro se esparramou no chão e começou a dizer que ele estava vendo um unicórnio cor de rosa, o outro começou a gritar, um outro dançava e o pior de tudo foi ver dois deles deitados no chão abraçados e chorando por que os Mamonas Assassinas morreram...

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Meu maior mico

Estudava em uma escola onde a portaria que ficava ao lado da secretaria, da salda da diretora e a sala dos professores. No outro lado do colégio ficava a quadra de esportes e o estacionamento. Na frente da portaria e da quadra ficavam a cantina, a biblioteca, as salas e o pátio.

Um dia estava com meus amigos na quadra vendo o pessoal jogar bola, quando entra da diretora enfurecida, uma coisa assustadora porque ela parecia o Arnold Schwarzenegger, alta, loira de olhos azuis e muito musculosa e tinha a cara parecida com a do Frankenstein... continuando a historia... ela entrou na quadra e gritou:

- “ cadê o João Paulo!!!”

Na hora apontaram para mim, furiosa ela veio até mim, me pegou pelas orelhas, me levantou pelas orelhas e começo a gritar:

- seu maníaco!!!! seu tarado !!!! eu vô te dar uma lição seu piá do diabo.

Depois da bronca ela me arrastou por toda escola (sempre puxando a minha orelha). Para ajudar no constrangimento, era hora do intervalo e todos da escolha estavam olhando o gordinho sendo arrastado pela orelha e a diretora gritando igual a uma condenada:

- piá dos infernos você vai aprender a não abusar sexualmente de alguém. - Seu tarado. - Vou te dar uma lição para você se “indireitar”.- Será que você não tem vergonha duque você fez?


O pior de tudo era que eu não sabia o por que de tudo aquilo, e aquela situação durou até chegarmos na sala da diretora (atravessei o colégio sendo puxado pela orelha). Ao chegamos na sala, me deparo com a minha professora de historia sentada na cadeira do conto e chorando muito, foi quando a diretora falou:

- ta aqui o tarado...
Daí a professora olhou para mim e disse:

- não é esse João Paulo é o outro.

Daí que eu me lembrei que avia mais três João Paulo no colégio e que com certeza algum deles havia aprontado alguma coisa e era eu que estava levando a culpa. O mais estranho foi a cara que a diretora fez quando ela percebeu a cagada que tinha feito. Depois de um tempo paralisada a diretora olhou para mim e começou a implorar por desculpas e mais desculpas, foi ai que eu fiz uma enorme cagada, eu olhei para ela e disse:

- olha eu aceito suas desculpas, mas agora não adianta nada porque alem do mico que todo mundo já viu, a minha orelha vai doer por uns dois dias ainda, e todo mundo já deve estar me achando que eu estuprei alguém...

Daí foi quando a diretora disse que ia dar um jeito na situação ! ela me pegou pelo braço me arrastou para o meio do pátio, chamou a atenção de todos e gritou para todo mundo: - “não foi esse menino que passou a mão na Bunda da professora Edicleide.

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O dia que eu quase coloquei fogo na casa de minha tia

Minha tia morava em uma casa de madeira e como quase todas casas de madeira, a casa dela ficava a alguns centímetros acima do chão, que formava um grande espaço vazio e escuro, excelente para esconder as coisas ( artes que eu e meu primo fazíamos toda a hora).

Um belo dia meu primo veio com um monte de papel para a gente colocar fogo, só que não havia lugar escondido o suficiente, para colocar fogo naqueles papeis sem que alguém visse o fogo. Então meu primo teve a maravilhosa idéia: “ vamos colocar fogo nos papeis em baixo da casa”, daí eu ainda disse que a gente poderia colocar fogo na casa, mas meu primo rebateu dizendo que a casa não ia pegar fogo, que ele já tinha queimado um monte de coisa em baixo da casa e nada nunca aconteceu. Ele até riscou um fósforo e colocou perto da madeira e nada aconteceu, daí besta que sou, entrei na dele e colocamos fogo nos papeis.

Quando queimamos cada folha de papel, pegamos uma bola e fomos jogar futebol na rua. Depois de meia hora ouvimos um monte de gritos! Fomos correndo para ver o que estava ocorrendo, ao entrar na casa demos de cara com uma cortina de fumaça que cobria a sala e varias pessoas correndo com baldes de água. Quando conseguiram apagar o fogo, viram um buraco que o fogo deixou no chão e começaram a se perguntar como aquilo havia ocorrido .

Ao se perguntar como que poderia ter pegado fogo ali, eu e meu primo suamos frio, mas para nossa sorte a minha tia era meio doida e supersticiosa, e acabou arrumando uma hipótese muito doida que envolvia um copo de água perto de uma tomada e uma ajuda da macumba da vizinha invejosa. Depois desse dia, nunca mais coloquei fogo em algo em baixo de uma casa de madeira!

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Meu visinho e seu aspirador!!!!



Eu tinha um vizinho que vivia com o aspirador ligado, como eu morava em apartamento, conseguia escutar todas as vezes que ele ligava o aspirador.

Ele ligava aquela porcaria daquele aspirador barulhento todos os dias, de duas a três vezes por dia, cheguei a acordar com o barulho do aspirador, passava o dia ouvindo o aspirador e ate quando estava indo dormir! eu escutava o aspirador, só que eu não era o único a escutar o aspirador do vizinho, a minha mãe também escutava.

Todas as vezes que ela ouvia o vizinho ligando o aspirador, eu repito “ todas as vezes”, ela vinha até mim para me dar um sermão sobre limpeza, “- Você deve seguir o exemplo do piá e começar a arrumar a casa”.

Uma vez a minha mãe chegou a perguntar para a mãe do moleque que vivia passando aspirador na casa, o motivo para passarem o aspirador na casa tantas vezes em apenas um dia. Dona Laura (que era a mãe desse meu vizinho) disse que seu filho era sensível ao pó e que qualquer tipo de poeira o fazia espirrar, por isso ele sempre passava aspirador no quarto para retirar qualquer tipo de poeira...

Depois desse dia minha mãe piorou, toda coisa que eu fazia de errado ela usava o maldito de meu visinho como exemplo de pessoa, mas isso não durou muito, ela parou de me torrar a paciência quando aconteceu o seguinte causo: “ um dia a dona Laura chegou mais cedo em casa, escutando o aspirador ligado, ela entrou de vagarzinho para fazer uma surpresa para seu filho, mas na verdade quem teve uma surpresa foi ela! Porque quando ela abriu a porta do quarto do filho ela se deparou com uma cena estranha: o aspirador estava ligado, o pia de calças abaixada e o pingulinho do pia dentro do cano do aspirador!!!!! Ao ver aquela cena grotesca, dona Laura deu um berro que o condomínio inteiro escutou: “- moleque danado o que você esta fazendo com o pinto dentro do cano aspirador!!!”

O berro foi o suficiente para fazer com que os vizinhos saíssem na janela para ver o que estava acontecendo, muita gente se deparou com o moleque correndo pelo bloco gritando e sua mãe atrás com uma cinta. Mas sabe como é condomínio, no outro dia todos já sabiam o que havia acontecido, esse assunto pendurou por semanas e só param de falar do “chupa piu-piu” porque a loca que morava no condomínio, saiu desfilando nua pelo parquinho e pelo pátio , mas o melhor de tudo isso foi ter a oportunidade de falar para a minha mãe:”- e você queria que eu fosse como ele...”

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O dia que eu depilei minha professora



Um belo dia na aula de matemática, estava lá estava eu quietinho fazendo a prova de matemática, quando a professora encanou que eu estava colando. Ela chegou perto de mim e ficou me observando por um bom tempo, depois ela foi no fundo da sala e ficou me olhando, daí ela foi na frente da sala e ficou me olhado. Foi quando pedi a paciência e perguntei:

- (eu)ta acontecendo alguma coisa?
- (professora)Eu acho que você esta colando!!!
- (eu) mas professora se estivesse colando, eu não estaria sentado na frente da mesa da senhora!!!!
- (professora) é que eu não confio em você...

Daí eu resmunguei no meu canto mas a professora acabou escutando.
- (eu) alem de bigoduda é doida.(resmunguei)
- (professora) se você esta se incomodando com o meu bigode que tire ele.(gritou a professora em meu ouvido)

O que fiz? no dia seguinte peguei a cera de depilação da minha mãe levei para a escola, pedi para a tia da cantina esquentar a cera (com a desculpa de ser para um trabalho de escola) peguei a cera (já quente) e fui para a aula de matemática. Enquanto a professora estava fazendo a chamada, peguei a cera e coloquei na fita de depilação, fui silenciosamente para atrás da professora e e e e e!!!!!

“PPPPPPPÀÀÀÀÀÀÀÁÀÀ!!!!!!!” o papel na cara da professora! quando puxei a fita só veio metade do bigode o restante ficou na cara dela, mas aquilo que tinha ficado na fita era o suficiente para fazer uma peruca de suvaco.

Com cara de assustada ela olhou para mim e me perguntou porque eu tinha feito aquilo? E eu respondi que “ela mesmo no dia anterior pediu para tirar o bigode já que eu me sentia tão incomodado...”

Nesse dia quase fui expulso, levei a maior bronca do diretor, mas no final da bronca (quando a professora já tinha se retirado da sala) ele me falou o seguinte: - ó eu não te expulso porque eu também não gosto daquele bigode dela...

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Meu amigo cagão




Começo a historia ao chegar no quartel ( é que eu fui me apresentar) e vejo na fila o meu amigo que é carinhosamente conhecido por Rodela (na verdade rodela é um dos apelidos dele, por ser meio jacu e por ter a cabeça raspada, ele tinha vários apelidos como: cabeça do meu pau, roela, chiliquenta, meu careca, camisinha, boca, jacu de cabeça depilada, tartaruga, viadinho, xrq [xero de rosca queimada]..., e para piorar ele era sempre o numero 24 da chamada).

Ao vê-lo, fui em sua direção para conversar e aproveitei para cortar a fila! Deu uma meia hora e o sargento nos chamou para um auditório, do auditório me chamaram para responder um questionário e depois fui para o exame médico. Como eu tinha problema respiratório, fui logo liberado de servir no exercito. Depois da avaliação medica me levaram de novo ao auditório e lá fiquei esperando para ir embora. Depois de alguns minutos e veio o rodela, de cabeça baixa chegou e sentou ao meu lado. Quando perguntei o motivo para ele ter sido dispensado, o Rodela ficou muito nervoso e não me respondeu, deixei quieto e fiquei lá no meu canto esperando...

Depois de um tempo, o Rodela me olhou e disse?
- piá eu to com vontade de ir ao banheiro.
Eu olhei para ele e disse bem carinhosamente:
- então vá...
Então começamos a discutir:
- (eu) se você ta com vontade, peça para ir ao banheiro.
- (rodela) não piá, vai saber vão fazer comigo.
-(eu) eles não vão fazer nada ou você acha que eles vão perder tempo ferrando algo totalmente fudido como você?
- (rodela) não piá! nunca se sabe, vamos juntos ao banheiro para garantir que nada aconteça.
- (eu) duas coisas: 1° eu não gosto de ir ao banheiro com macho, 2° se você se foder, que se foda sonsinho!
- (rodela) mas piá eu to com uma dor de barriga muito grande, acho que a coxinha que eu comi lá no terminal não me fez bem...

Daí!!!! veio um sargento e perguntou se alguém queria ir ao banheiro, na mesma hora o Rodela cutucou meu braço e eu fiz sinal que não e mandei ele ir sonsinho, só que ele não foi. Depois cheguei a ouvir o Rodela gemer de dor, cheguei a ficar com pena mas não fui ao banheiro com ele. Não demorou muito para a gente fosse liberado.

Fui embora com o Rodela. No terminal de ônibus, disse para ele aproveitar e ir ao banheiro, mas como o grande “sortudo” que era o Rodela, acabou se deparando com o banheiro em manutenção, o único banheiro livre era o feminino! por pensar que eu ia espalhar que ele usou um banheiro feminino para dar aquela esvaziada no fiofó (coisa que eu iria fazer mesmo) ele não foi. Cheguei a pensar que aquilo era castigo divino, por causa da vez que ele explodiu uma bomba no colégio e a culpa caiu em cima de mim, mas o que aconteceu depois foi castigo suficiente por uma vida inteira de pecados, daí ficamos sentados no banco esperando o ônibus, depois de uns minutos o Rodela deu um baita de um espirro, dei saúde mas ele não respondeu, ao olhar para ele, percebi que o infeliz estava meio estranho (ele olhava para o nada com a maior cara de babaca e para piorar não se mexia, falava ou respirava), deixei ele quieto e voltei a minha vida, depois de algum tempo ele resolveu reviver e conversar comigo:
- (rodela) você se lembra do espirro que eu dei???
- (eu) sim, porque?
- (rodela) então! me caguei todo..

.Na hora pensei que ele estivesse brincando, só percebi que ele estava falando serio quando senti um cheiro estranho. A primeira coisa que fiz foi me afastar e consolá-lo de longe, enquanto eu falava o nosso ônibus parava no ponto, me levantei para pegar o ônibus, mas o Rodela me segurou no meu braço e disse:
- (rodela) piá vamos pegar o próximo!
- (eu) por que?
- (rodela) é que eu não estou cheirado bem...
- (eu) ótimo eu fico longe de você...
- (rodela) mas isso que aconteceu foi culpa sua, você que não quis ir ao banheiro comigo.
- (eu) ta ( eu respondi vendo que não tinha outro jeito ), mas qual a diferença de pegar esse ou outro ônibus?
- (rodela) olha eu tenho um plano...
- (eu) qual?
:- (rodela) é só esperar um velho entrar no ônibus, daí a gente fica perto dele, e todo mundo vai pensar que quem ta fedendo é o velhinho...

Fiquei esperando com ele o tal velhinho chegar, nessa espera passou três ônibus, e nada do velhinho, no quarto ônibus que passava, apareceu um velho muito velhinho, mas velhinho mesmo!!!! E finalmente pegamos a porcaria do ônibus. Ficamos perto do velhinho e por incrível que pareça deu certo... eu ouvi algumas pessoas fazendo os seguintes comentários:
- tadinho do tio...- coitadinho do velhinho...- veio filho da p**** alem de feder tem que fazer a gente sentir o cheiro.

Para ajudar!!! O velhinho decidiu descer no meio do caminho, na mesma hora o rodela me disse:
- (rodela) vamos descer piá.
- (eu) mas ta no meio do caminho.
- (rodela) mas o veio vai descer.
- (eu) e daí? Desce você sozinho.
- (rodela) piá pare de ser cagão
- (eu) cagão... sou bem eu mesmo que to cagado...

Ele ficou bem quieto e me fez descer do ônibus no meio do caminho. Hoje eu penso que o mais constrangedor não foi o exame medico e nem pegar o ônibus, o pior foi ter que ir andando para casa e tendo que ver as pessoas que passavam perto dando risada ou ficavam olhando estranho para a gente.

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Minha primeira historia...

Me lembro como se fosse hoje, estava no pátio da escola com a minha mãe esperando a professora me chamar para a sala, estava muito feliz e ansioso para começar a estudar. Enquanto boiava em minha imaginação, a professora Geni me chamou, minha mãe me empurrou com um pouco de força, o suficiente forte para me jogar em cima de meus novos colegas de escola(essa é a melhor maneira de você ajudar o seu filho que é tímido, jogue-o em cima de seus novos coleguinhas de escola ). Mesmo com esse contratempo, estava muito feliz.

Então a professora Geni olhou para seus alunos e disse para a seguire, a fila começou a andar e minha mãe se distanciava, eu a via acenando com uma cara triste. Depois de passar por um corredor escuro, comecei a ficar aflito e um pouco desesperado, seguindo a fila entrei em uma sala cheia de desenhos e plantinhas plantadas em garrafas pet, sentei no canto e fiquei observando a professora se apresentar.

Não seio o que aconteceu, mas abaixei a cabeça e comecei a chorar muito, a professora ficou muito preocupada, me perguntou se estava bem, se eu estava sentindo alguma dor, se eu estava com algum problema... fiquei o tempo todo quieto e não falei com ela. Depois de um breve questionário, ela desistiu e me deixou chorando no canto e foi dar aula.

Ela começou a aula contando a historia do leão feliz! Da historia eu não me lembro muito bem já que chorei durante a historia toda. Ao terminar de contar a historia, ela distribuiu uma folha de papel para cada um e pediu para o leão da historia.

Quando ela me deu o papel eu apenas olhei para o papel e voltei a chorar. Quando bateu o sinal do final da aula e a professora disse para a gente entregar os desenhos para ir embora, eu olhei para meu papel e ele estava em branco, daí eu pensei: -o que eu faço agora?
Com a maior cara de pau e com um sorriso que ia de orelha a orelha, eu entreguei o papel em branco e disse para a professora que não havia tido tempo de terminar o desenho, a professora olhou para mim e nesse mesmo instante me apelidou de cirico-tico.

No dia seguinte foi a mesma coisa, chorei a aula toda, mas como a professora sabia que era manha ela nem ligava e para ajudar ela me chamava de cirico-tico, para falar a verdade eu só parei de chorar quando entrou um moleque mais chorão do que eu e a mãe dele teve que ficar na sala de aula fazendo companhia, eu apenas olhei para um muleque que sentava ao meu lado e disse para ele: -que pia chorão aquele...

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